Main image

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Colégio Estadual Professor Ivan começará neste mês de setembro com culminância em outubro, a 3ª edição do Projeto Política. Nossos alunos estarão desenvolvendo atividades diversificadas em sala de aula que proporcionarão a discussão e reflexão sobre o conceito de Política. Acompanhe nosssas atividades, veja o projeto na íntegra aqui.

O conceito de política está meio desvirtuado, onde as pessoas, principalmente os jovens, a tem como um modo de eleger seus ‘ídolos’ independente de suas propostas para o bem comum da população. Isto vai refletir em uma sociedade individualista, voltada para um consumismo desenfreado e entrando neste rol de vendas até mesmo a imagem de políticos na mídia; não se privilegia valores como a solidariedade e tampouco o senso de coletividade. O conceito de política vai se esgotando e perdendo o seu real significado em nossa prática diária.

Segundo Aristóteles “o homem é um animal político”. A afirmação do filósofo grego nos aponta para a política como algo que vai além de uma simples formalidade ou obrigatoriedade burocrática a qual os homens transformaram. Precisamos resgatar o seu sentido original, como prática cotidiana que provém de nossas escolhas. Se não fazemos escolhas alguém as faz por nós e talvez não sejam as melhores, podendo nos fazer cair numa verdadeira alienação política.

Precisamos combater a corrupção e os péssimos vícios de nossa política brasileira, estimulando nossos jovens a discutir de forma crítica e se inteirar dos problemas que estão ao nosso redor, construindo mentes mais ‘saudáveis e éticas’, desvinculadas de uma sociedade capitalista que incentiva as pessoas a se preocuparem mais com questões materiais imediatistas.
Fonte: Blog do CEPI

1 comentários:

Flavio venuto disse...

É com muito pesar questionar isso, mas será que os governos militares – ditatoriais – deixaram saudades em pleno Estado Democrático de Direito?

Na época dos governos militares, os políticos brasileiros, pelo menos aparentemente, tinham Causas, ideologias e sonhos. Nos partidos, a maior atração para futuros filiados eram as suas bandeiras, havia uma Causa. Hoje, no Estado Democrático de Direito, a população não sabe, com raríssimas exceções, a Causa do seu candidato ou do seu partido porque eles não têm. As Causas foram preteridas para os cargos comissionados e a manutenção dos mandatos eletivos, a qualquer preço. Enquanto na época dos governos militares, as pessoas reivindicavam a manutenção dos partidos políticos, por questão de identidade ideológica, hoje, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebe várias denúncias de infidelidade partidária, pois os políticos acham que os mandatos são deles e não dos partidos.

Procurei saber sobre o patrimônio (que tinha em vida) de um dos maiores ditadores que o Brasil já teve, o Ex-presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici. Acredite, ele não tinha fazendas, apartamentos de luxo, contas no exterior, ou seja, nada incompatível com o seu salário de General. Entretanto existe prefeito de cidade de alguns mil habitantes, que antes de se eleger, ganhavam salários normais e agora, no seu segundo mandato, pelo que se comenta já fez bastante fortuna, aumentando de forma extraordinária o seu patrimônio.

Na época dos governos militares, morreram dezenas de pessoas no Araguaia lutando por liberdade. Entretanto, hoje, em todo o Brasil, morrem milhares de pessoas que são vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte), ou de “balas perdidas” que matam as pessoas dentro das suas próprias casas, às vezes sentadas assistindo televisão e às vezes dormindo, sem jamais imaginar que ali acabará sua vida. Será que temos liberdade?

Não sou e nunca fui de acordo com governos militares, ditatoriais e totalitários. É inquestionável que o Estado Democrático de Direito é o melhor sistema que existe. Entretanto, na época dos governos militares tínhamos Miguel Arraes, João Amazonas, Tancredo Neves, Leonel Brizola, Ulisses Guimarães, Mário Covas e o próprio Lula. Enquanto hoje, temos o Senado Federal de José Sarney, Renan Calheiros, Wellington Salgado e Fernando Collor. Nunca se viu tanto “vale-tudo” em nome da governabilidade!

Meus amigos, é triste afirmar isso, mas, quando faço minhas reflexões, surge o questionamento: será que os governos militares deixaram saudades?


“Estude sempre, pois o estudo gera conhecimento e o conhecimento produz poder!”

RSS Feed